João De Bruçó e R.H. Jackson - Caracol (LP, Novo, Lacrado)

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Descrição

Estado Capa/Disco: M/M
Formato: LP
Ano de Prensagem: 2020
Selo/País: Discos Nada (ND 002) / Brasil


Disco novo, lacrado.

Apenas 80 cópias no brasil.

Para escutar: https://discosnada.bandcamp.com/album/caracol

A música underground brasileira produzida na década de 80 deixou discos fascinantes e misteriosos, onde a percussão orgânica e regional finalmente ganhou nuances eletrônicas e sintéticas. Cânticos eram processados eletronicamente e atuavam em harmonia com batucadas e intervenções dissonantes de guitarra. Essa era uma receita ousada demais para ser compreendida no Brasil daquela época, dominado pela música pop e pelos primeiros sinais da febre da lambada e da música sertaneja. 

Apesar de ser um período propício à produção independente, a música contida em Caracol era tão anticomercial que as coisas pareciam acontecer em um universo paralelo para a dupla João de Bruçó e R.H. Jackson. Essa é a primeira vez que Caracol é relançado, após a pequena tiragem inicial ter evaporado há décadas. Este relançamento especial ainda contém duas faixas extras e inéditas, registradas durante as sessões originais de gravação.  

João de Bruçó começou como baterista, tocando de jazz ao forró. Depois estudou folclore, trabalhou em circo e teatro, e escreveu trilhas para teatro, dança e TV. Foi estudando percussão e a relação entre dança e música que conheceu novos instrumentos e possibilidades. R.H. Jackson também começou como baterista e percussionista. Estudou cinema, vídeo e composição eletrônica. Criou trilhas sonoras e pesquisou danças folclóricas brasileiras e candomblé. Jack já possuía experiência como operador de diversas novidades tecnológicas e era um dos poucos no Brasil dos anos 80 que dominava programação de computadores, samplers e sequenciadores.

As gravações de Caracol aconteceram entre 1988 e 1989. João era o responsável pela percussão, sanfona e uma série de objetos, como vaso de cobre com água, sementes, cascos de animais, roncadores, molas, sinos, bolas de gude e caneca de ágata, além de um piano e um clarinete de brinquedo. Jack cuidou da programação eletrônica, samplers, tratamentos sonoros, sintetizadores, subtrações e guitarras. As vozes ficaram a cargo da dupla. Apropriando-se de referências populares e de uma ânsia em fugir de qualquer clichê retrô/estilístico que passava a assombrar a música jovem brasileira naquela altura, mergulharam em uma audaciosa, intuitiva e improvável jornada sonora. Um novo caminho foi apontado.

Remasterizado dos tapes originais, essa reedição inclui reprodução da arte gráfica original, duas musicas bonus gravadas nas mesmas sessões do LP, novos depoimentos de João de Bruçó e R.H. Jackson e um extenso texto assinado por Bento Araujo, autor da série de livros Lindo Sonho Delirante, que investiga a música audaciosa e destemida produzida no underground brasileiro.